Ontem à noite enquanto eu via o magnifico filme "o Carteiro de Pablo Neruda", uma das cenas que apareceram era o carteiro, que na fronte tinha uma folha branca, e olhava para a noite vazia, à procura de inspiração para escrever à sua amada Beatrice. Depois de não conseguir nada escrever à sua amada, decide copiar um poema de Don Pablo (como trata Pablo Neruda), que o escrevera à sua esposa.
Esta cena fez-me pensar em muita coisas....
Será que já alguém pensou na beleza de uma folha branca, pautada ou não? Uma folha branca é mágica, pois a partir dela podemos fazer, literalmente tudo o k se quiser. Uma folha branca é pura, no sentido que enquanto imaculada, é a verdadeira essência abstracta, pois é nela que acenta os alicerces de tudo e mais alguma coisa.
Nela escrevemos poesia, que é a música da nossa alma; nela escrevemos e descrevemos as nossas vidas, as nossas emoções, as nossas rotinas, as nossas memórias, as nossas mensagens, as nossas divagações, Nela inscrevemos marcas, traços, pontos, tramas, que basicamente exprimem, quando e como quisemos, sob a forma de desenhos e pinturas, formas de estar, a figura estética, tudo a aquilo que imaginamos, vemos ou apenas visualizamos.
Nela, damos novos mundos ao mundo, sob todas as formas, e no entanto, continuamos a não ligar ao seu enorme potencial, à sua referência, à sua extrema importância no mundo, ela que foi, mais do que a roda, a invenção mais importante do ser humano, a folha de papel, pergaminho, do que se quiser que ela entre.
A folha de papel exprime a abstracção máxima, apenas, e só, quem compreender o seu potencial, como de uma tela, ou outro suporte de características semelhantes, será o verdadeiro artista, porque que sabe que tem o universo físico e imaterial ao seu alcance.
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